VIDA YOGA: Viagem à Índia – O ataque do rato

4 de dez. de 2011

Viagem à Índia – O ataque do rato

 Chegou a grande hora parto amanhã.

Muitas coisas aconteceram no período que antecedeu essa viagem, mudanças, rompimentos, desencontros em fim, tudo pra deixar esse processo cada vez mais forte. Com as pessoas que vão viajar comigo também muitas coisas aconteceram, de roubo de carro na véspera da viagem até disenteria.

Mas é isso ai fechamentos de ciclos, não nos esqueçamos de que 2012 é o ano 5, o ano das mudanças e da liberdade, movimento.



O monge (Dada Siddeshi) que vai nos guiar na viagem, a todo tempo tenta nos alertar para que estejamos preparados pra realidade tão diferente que vamos encontrar lá. Ressalta para nós que a Índia é um país de extremos. E se por exemplo, focarmos nossa mente para ver só o que é sujo, ou a miséria, será só isso que enxergaremos.

Acho que é como tudo na vida, quando focamos nossa mente ao pessimismo, achando sempre que tudo esta errado, só isso acontece na nossa vida.

E essa foi a minha grande lição de ontem.

Sempre que conversava com alguém sobre a Índia eu falava, meio que brincando, que o que realmente me preocupava eram os ratos, já tive algumas experiências com ratos e sou um pouco traumatizada.
E na Índia tem vários relatos de como esses ratos são “atrevidos” pulam em você e até dormem na sua cama.

E ontem à noite passando bem na rua da minha casa, que eu já passei milhares de vezes, surgiu correndo uma enorme ratazana marrom, ela veio na minha direção e deu uma super cabeçada na minha perna e desapareceu.

Foi horrível, tenho trimiliques só de lembrar.


Acordei essa madrugada com vários pensamentos tentando compreender o significado tão profundo desse ocorrido.

Cheguei à conclusão de que não preciso ir muito longe para encontrar o que temo, assim como não preciso ir tão longe para encontrar o que amo. Deus.

O que temo, e o que busco, estão tão próximos de mim, e podem ser como os ratos que andam escondidos nos obscuros bueiros da cidade, estão lá mesmo que queiramos ignorar.

É muito forte isso. Ta tudo dentro de nós. A gente sabe disso de cor e salteado, mas às vezes precisa tomar cabeçada de ratazana pra entender melhor isso.

Na antropologia, estudamos outras culturas e o comportamento do outro, e quando observamos o outro acabamos, na verdade, nos conhecendo.

 Quando estudo uma cultura e, por exemplo, percebo que em outro lugar se come ovos com bacon no café da manhã, eu entendo que a minha cultura é comer pão com manteiga e café com leite. 

Yogando um pouco a antropologia,

Percebo que estou indo pra Índia não pra encontrar o belo ou o feio, o sublime ou o contraditório. Mas para encontrar a minha noção de como julgo o que é belo ou o que é feio, e talvez quebrar alguns paradigmas - meus- do que eu julgo ser belo e ou feio.

Mas estou divagando, certo que vou entender melhor o que a ratazana quis me dizer lá no meio da viagem...

Namaskar

No próximo post já enviarei noticias direto da Índia.


Queria agradeceer a tod@s que tem acompanhado essa minha jornada, me incetivando, opinando dando dicas e principalmente boas vibrações.
Agradeço profundamente!

E gente comenta ai. Fala alguma coisa, manda um beijo seilá!!

Um comentário :

  1. beijo Satiiiii! boa viagem! Te cuida lá e manda notícias sempre, ok!?! beijo beijo beijo

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ॐ Namastê ॐ

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