Acho que mais ou menos ha uns 5 anos atrás, ganhei de um amigo indiano uma imagem de barro do Deus elefante Ganesha. Ele é todo amarelo e lembro que tinha cheiro de temperos indianos.
Resolvi então montar um altarzinho, depois dele ganhei outras imagens que junto com a foto do meu Guru compõe o altar.
Na Índia existe um ritual bem interessante para esse Deus.
“ Nas celebrações que envolvem o deus Gaṇeśa, existe um importante ritual de imersão (visarjan), no qual as esculturas do simpático deus com cabeça de elefante, também conhecido como Gaṇapati, são levadas à água. Nessa prática ritual, as imagens, tradicionalmente feitas de barro, afundam e são dissolvidas. Esse ritual, que mostra muito objetivamente a transitoriedade das formas, transmite ao devoto a idéia de que o deus está além da imagem, a qual serve apenas temporariamente como forma de conexão com o divino. A estátua serve então literalmente como uma forma – uma forma de induzir o contato do humano com o divino. É um intercâmbio entre as duas dimensões. Essa ponte é dissolvida depois de cumprida sua função: uma vez que o adepto está em contato com o divino, já não há mais serventia naquele objeto de culto.
Extraído do blog " O som e a escritura" de João Soares
Vou assim levar o "meu" Ganesha que me acompanhou durante esses anos pra dar esse mergulho no Ganges. Com um pouquinho de apego, confesso, mas sabendo que isso representa um grande aprendizado sobre a transitoriedade da vida.
Esse vídeo, muito bonitinho, mostra uma animação do que acontece quando os Ganeshas são lançados a água.
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